Casa antiga - Copyright by Wolney Tavares (1976)
Contavam os primeiros moradores, que
o segundo nome do lugarejo, antes de Pouso das Bananeiras, fora São Sebastião
do Pouso Alegre, o que permaneceu por um curto período, não foi bem aceito,
pois era uma assimetria entre o conhecido “Pouso das Bananeiras”. Não lembrava
aos caminheiros e viajantes o acidente geográfico ou mesmo, a travessia do
córrego das Bananeiras, localizado na região do mesmo nome. Retomando, com a
doação da gleba de terras, o nome Bananeiras com o prefixo de São Sebastião,
pois Manoel Vicente Rosa, que fora seminarista e devoto de São Sebastião;
Cândido Luiz de Castilho e Manoel Bernardo da Costa, proprietários de terras à
margem direita do córrego Bananeiras, a convite e por sugestão de Vicente Rosa,
em 1.892 resolvem doar uma gleba de chão do nativo, no valor total de
59.$.000,000 (cinqüenta e nove mil reis), com a finalidade de erguerem uma
capela em homenagem ao Santo Padroeiro. Contam que, nesse mesmo ano, é feita e
erguida uma cruz de aroeira, tendo ao seu lado, construído um rancho de palhas
e fizeram celebrar ali a primeira missa em louvor a São Sebastião. O evento foi
coberto de muito festejo e alegria, inclusive contando com a presença de
pessoas vindas de outras regiões. Os moradores da villa, reconhecem a partir
desta data, os ditos doadores como fundadores do povoado. O termo de doação foi
celebrado de modo a não permitir a venda da área doada, as chamadas datas
(lotes). Ficavam concedidos apenas aos requerentes, o direito de uso como um
privilégio, o conhecido “aforamento.” Com a construção de uma capela em
substituição ao rancho de palha (barraca), surgem simultaneamente nas suas
imediações, outras casas residenciais e até mesmo as primeiras comerciais.
A área doada, foi numerada em
quadras, recebendo uma ordem seqüencial, como também suas respectivas datas
(lotes). Podendo dessa forma, reorganizar o arruamento do aglomerado das casas
já existentes, dando um novo aspecto ao povoado que já deixara de ser chamado
de “Pouso das Bananeiras,” e sim, São Sebastião das Bananeiras.
Mais tarde que a administração
pública municipal adquire, através de permuta com a Igreja Católica, a referida
área e disponibiliza sua regularização definitiva aos seus aforados. (Texto: Wolney Tavares)
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