sexta-feira, 11 de maio de 2012

Manoel Gabinatti Espósito Espositel

Retrato falado de Gabinatti. Copyright by Júlio César

           Nascido por volta de 1880, natural de Paracatu-MG, de descendência italiano, concluiu o seminário em CaraçaMG apenas para satisfazer a vontade do pai. No dia em que seria ordenado a padre, recusou seus méritos, pois não era sua vocação.
Mais conhecido por Gabinatti, carregava consigo a mania de escolher nome para os lugares, foi seu hábito constante, andar mundo afora. Algumas pessoas diziam que era louco, levava consigo o ônus da desobediência do pai, ao negar receber a batina quando seminarista no Colégio de Caraça-MG. Foi contemporâneo de Artur da Silva Bernardes quando este cursava Humanidades no mencionado colégio. Era admirador Francisco Mendes Pimentel.
              Pessoas mais idosa, que o conheceram, relataram que Gabinatti apareceu aqui por volta do ano de 1.920, época em que conquistou a amizade de muitos e sugeriu a mudança do nome de Bananeiras. Para muitas pessoas que exerciam liderança no local, Gabinatti afirmava que Goiatuba era uma alusão ao nome do Estado, uma homenagem à lendária tribo indígena dos Goyázes, encontrada pelos bandeirantes em tempo pretérito.
             A junção do termo tupi “Gwa yá,” que quer dizer indivíduo igual, semelhante ou da mesma raça e a palavra “tuba,” quer dizer: grande, muito cheio, muita coisa. Gabinatti, sempre que aqui retornava, insistia na mudança do nome, afirmando que: “Aqui não pode mais chamar Bananeiras, tem que ser Goiatuba.” Nada traduziria melhor a cidade que o próprio e curioso significado etimológico: “Gwa yá tuba” - Muitos indivíduos da mesma raça, ou poeticamente como queria Gabinatti: “Onde Goiás é grande”.
            Quem conheceu Gabinatti e o acolheu nos últimos dias de vida, afirmou que Gabinatti muito inteligente, possuía apenas algumas manias, mesmo sendo mineiro de Paracatu, não gostava de Minas Gerais. Como também ficava irritado quando alguém desmerecia sua capacidade intelectual. Responsável pelo batismo de outros municípios na nossa região, o memorável andarilho, já antevia o futuro da Villa de Bananeiras, sabia que o pequeno vilarejo, ainda que possuísse apenas três ruas, resultaria num lugar que despontaria rumo ao desenvolvimento de Goiás. Faleceu em 19 de dezembro de 1936, na fazenda Paciência e foi sepultado no Cemitério do Distrito de Tapuirama, próximo a Uberlândia-MG. 
Texto: Copyright by Wolney Tavares)

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